segunda-feira, 20 de abril de 2009

O Foreman do Paraná


George Foreman inspira mais um lutador

A pobreza leva um rapaz negro aos ringues de pugilismo, uma história que se repete em muitos locais do mundo, principalmente no Brasil, um país em desenvolvimento. O lutador desta história adota o sobrenome de um ídolo do esporte, assim como ele existem muitos “Tysons”, “Alis” e “Holyfields” nos tablados. O fator inusitado é que esse cruzador está em Curitiba e não dos pólos da nobre arte como Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Seu nome: Edson César Antônio, mas podem chamá-lo de Edson Foreman (36-6-1, 28 KO’s).

Natural de Sorocaba mudou para a cidade de Colombo na região metropolitana de Curitiba aos dez anos O pai empreiteiro e a mãe zeladora o deixaram calçar as sapatilhas e as luvas para se livrar do excesso de peso, futuramente teria na troca de golpes uma carreira assim como seu ídolo Mike Tyson e mesmo assim como tantos brasileiros se divide em outros empregos como vendedor de algodão doce e segurança.

O ídolo maior pode ser o Homem de Ferro do pugilismo, mas a semelhança física o fez ser apelidado com o sobrenome de outro herói seu, o também pegador George Foreman. Diferente dos dois estadunidenses, o cruzador (até 90,7kg) brasileiro é mais conhecido por sua técnica no ringue que o faz ter boas vitórias por decisão unânime dada a sua habilidade de encaixar bem os golpes. O condicionamento físico é um fator importante que o mantém ativo até os rounds finais de suas batalhas.

Treinado por Rubens San Perrucham entrou no profissionalismo em 2000 e é atual campeão paranaense e nacional pela Federação Nacional de Boxe Profissional além de ser detentor do cinturão Mundo Hispano pela World Boxing Council.

Um ponto negativo em sua carreira é o retrospecto contra lutadores internacionais, mas deve ser levado em conta que muitos dos lutadores brasileiros quando estão fora de casa não são tratados com imparcialidade pelos árbitros e passam a não depender apenas de suas habilidades.

Foreman tem potencial para conquistas importantes no cenário sul-americano ainda mais com o título do Mundo Hispano, o qual ele pode usar como ponte para capturar cinturões mais importantes nas Américas.

Dentro da categoria dos cruzadores seria interessante para o fã brasileiro o assistir contra os paulistas Laudelino Barros, o “Lino” (29-2-0, 27 KO’s) e Pedro Otas (18-0-0, 16 KO’s), o primeiro é campeão paulista da categoria e o segundo campeão brasileiro pela Confederação Nacional de Boxe. Um encontro com qualquer um desses dois com bolsas honestas e um local adequado traria o fã do esporte um espetáculo como aqueles na época da família Zumbano-Jofre no Ginásio do Ibirapuera.

Foto: Edson Foreman / Divulgação

Edson Foreman na TV Globo