sexta-feira, 2 de abril de 2010

Rigondeaux, o Scarface dos ringues

Tony Montana (Al Pacino) / Scarface (1983) - Universal Studios


“Eu quero o mundo, garoto. E tudo que há nele”, dentro de seu cadillac conversível, o migrante cubano e traficante Tony Montana (Al Pacino) define o que espera da sua vida ao seu parceiro Manny Ray (Steven Bauer) em cena do filme filme Scarface (1983). Guillermo Rigondeaux não está no ramo da cocaína da Miami dos anos 1980, mas também quer conquistar seu mundo, este nos quadrilatéros.

Tanto Montana quanto Rigondeaux são refugiados da ilha caribenha, sofreram perseguição pelos irmãos Castro e encontraram um lar em Miami. Em outra cena quando Ray convida seu sócio para lidar com um ex-membro do partido comunista exonerado por Fidel, Montana responde: “Eu mato um comunista por diversão!”. Enquanto, o boxeador bi-campeão olímpico em alguns momentos no ringue parece estar sadisticamente se divertindo ao aplicar seus nocautes.

A fúria, a sanguinolência, a impiedosidade, a audácia e a arrogância apresentados por Montana em sua trajetória rumo ao topo de seu ofício fizeram dele um dos personagens mais marcantes e queridos da história do cinema americano, um homem que deveria ser visto como vilão ganhou o público como anti-herói de frases marcantes.

Guillermo apresenta as mesmas características acima e também as frases de impacto ao falar com seus oponentes. Parte com seus punhos acertando os oponentes com a potência do furacão Gustav que abalou seu país em 2008. Tem uma postura considerada arrogante ao falar do seu progresso no pugilismo e até por querer desafiar por um título mundial tão cedo.

Montana também desafiou as leis da gravidade no universo do crime ao tentar subir rapidamente e recebeu muito mais que um nocaute perdendo em pouco tempo o mundo que havia conquistado.

E Rigondeaux? encontrará o mesmo sucesso que teve nos tempos de amador ou também será alvejado pela metralhadora dos rivais?

Guillermo Rigondeaux / EFE

Introdução ao Game Scarface: The World Is Yours (2006)