sexta-feira, 9 de julho de 2010

Waldemar Zumbano e 1932

Cartaz da Revolução de 1932


Em 1932, a morte dos estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo foi o estopim da revolução Constitucionalista iniciada no dia 9 de julho. Os paulistas lutavam contra o governo provisório de Getúlio Vargas – o qual elites locais ajudaram a eleger – para devolver a democracia ao estado brasileiro.

Nesse confronto armado participou o pugilista Waldemar Zumbano, da dinastia Zumbano Jofre, partidário do comunismo. O populismo de Vargas incomodou o atleta que decidiu levar sua luta além dos ringues para o campo de batalha.

O rapaz magro e míope não era o tipo de combatente robusto e belo representado em estátuas e pinturas. Independente do perfil foi lutar pelo o que acreditava ser justo e após o combate armado continuou militando à favor de suas causas.

Seu irmão Ralph, a “Maravilha Brasileira” das Olimpíadas de 1948 em Londres, posteriormente a carreira de atleta atuou como político e foi deputado estadual de São Paulo por um partido de esquerda, Higino, também seu irmão, foi voz influente contra os regimes anti-democráticos que assolaram o país no século passado. O trio de irmãos sofreram os piores tipos de perseguição por conta de seu alinhamento político.

Waldemar, Higino e Ralph mostraram que um lutador não é apenas um bruto e pode utilizar sua posição na sociedade para defender uma causa e efetivamente se tornaram heróis. Junto com o pugilismo, os tios de Éder Jofre deixaram suas heranças e legado na sociedade brasileira.