segunda-feira, 25 de julho de 2011

Manny Pacquiao não é aceito em clubes da elite Filipina

Manny Pacquiao / (Foto: Jeff Haynes - Reuters)


Campeão mundial de pugilismo, melhor lutador da atualidade e melhor de toda a década passada e também deputado, mesmo com todas essas credenciais o filipino Manny Pacquiao, que é um herói em seu país, não é aceito por clubes esportivos da capital Manila frequentados pela elite local.

A notícia veiculada no site Boxingplanet, atribui a rejeição pela origem humilde do atleta. Os diretores do Clube de Polo e do Clube de Folfe negaram a filiação de Pacquiao. O articulista do site Michael Marley denuncia o preconceito da elite de Manila.

Um diretor do Clube de Golfe citado no Philippine Entertainment Portal afirma que Pacquaio só pediu entrada no Clube de Polo, que possui mais de um século de história e apenas recebe os mais ricos e refinados do país. O mesmo diretor afirma que o clube se limita a um determinado número de sócios para “preservar seu estilo de vida”.

Na página da internet o clube de Polo define seus sócios como “a classe A do país, pertencentes à categoria influente e endinheirada” tendo nesse conjunto “personalidades políticas, ícones empresarias e diplomatas”.

Pacquiao é um dos atletas mais lucram no planeta, adquiriu uma mansão de US$ 6,7 milhões (aproximadamente R$ 10,3 milhões) em uma região luxuosa. Entretanto, conhece bem a pobreza, já foi padeiro e entregador, e defende os membros de estratos sociais mais humildes.

Louise Reyes, sócia do Clube de Golfe critica o veto ao pugilista-político considerando a opção “idiota”. “Malditos elitistas. Manny ganhou sua fortuna sem roubar o povo filipino e encheu de orgulho e glória nossa pátria. Quantos parceiros do clube podem dizer o mesmo?”, questiona Reyes.

Os classistas alegam que o grupo que segue Pacquaio contendo colaboradores e seguranças tiraria a paz dos locais. O campeão peso-médio de 32 anos passa por situação parecida a de Muhammad Ali, então Cassius Clay, quando retornou aos E.U.A com uma medalha olímpica de ouro (1960), bom para ser campeão, mas não o bastante para sentar-se com a elite.

Fonte: EFE.com e Portal Terra