quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Três homens entram, um homem sai


Jackson Jr., Ratinho e Alex Pit / (Fotomontagem em material de Divulgação e de Ana Prata)




No filme Mad Max: Além da Cúpula do Trovão (Mad Max Beyond Thunderdome, 1985) o protagonista Mad Max Rockatansky (Mel Gibson) se vê lutando por sua própria sobrevivência numa arena de gladiadores pós-apocalíptica que batiza o filme. A torcida ensandecida grita “dois homens entram, um homem sai”.


Torneios como os produzidos pela Showtime e os GPs do extinto Pride (MMA) atiçam a curiosidade da plateia ao mostrar a “sobrevivência do mais forte”, no primeiro caso os boxeadores se enfrentaram num sistema de pontos corridos tendo uma segunda fase eliminatória, enquanto no Pride japonês os lutadores se encaravam num sistema de chave para definir o melhor na mesma noite era normal o campeão fazer três lutas.


O boxe brasileiro precisa de grandes lutas para se reerguer, a apresentação entre Pedro Otas e Jackson Jr. mostrou que há nomes de qualidade e que eles evoluem se enfrentando e não batendo em escadas. Otas mesmo perdendo o embate terá uma disputa de cinturão cruzador WBF no exterior, enquanto, Jackson aumentou sua reputação além de amadurecer.


Na categoria dos meio-pesados o Brasil tem três ases. Marcus Vinícius de Oliveira, o “Ratinho” (22-1-1, 20 KO’s) que é hoje um dos brasileiros de maior destaque no exterior sendo apontado pelo BoxRec como o melhor da categoria no país. Detentor do título latino da Organização Mundial de Boxe tem portas abertas além dos oceanos.



Outro ás é Jackson Jr. (9-0-0, 8 KO’s), o “Demolidor” que tem como mentor o ex-pugilista medalha de bronze nos jogos olímpicos do México em 1968, Servílio de Oliveira, que guiou Valdemir “Sertão” Pereia ao título mundial. O jovem além de Otas já nocauteou seu desafeto Ratinho.


O terceiro membro desta elite brasileira de luvas é Alexandro “Pit” Cardoso (12-0-0, 11 KO’s), membro da equipe formada por Eduardo Melo Peixoto tem como qualidades a técnica e os golpes precisos, infelizmente não tem tido muita atividade de ringue, mas é um sucesso garantido de público tendo uma ala de fãs numerosa.

Uma disputa na qual os três se encontrassem valendo pontos corridos com transmissão por uma emissora a cabo e realizada em um palco decente para espetáculos dando conforto para a torcida resgataria o charme do boxe que teve seu auge no ginásio do Ibirapuera e no Cassino da Urca. Os talentos o pugilismo brasileiro já tem, só faltam os investidores e os empreendedores.