segunda-feira, 23 de abril de 2012

Entrevista com Ricardo Marcelo Ramallo

Ricardo Marcelo Ramallo / (Foto: Reprodução)


Ricardo Marcelo Ramallo, 29, conhecido como "El Rayo" lutou em fevereiro com o "Demolidor" brasileiro Jackson Jr e durou os 8 rounds em evento da Aproboxe na quadra da escola de samba Nenê de Vila Matilde. Nos finais teve aproveitamento melhor que o lutador da pátria.

Em entrevista ao Córner do Leão, Ramallo expõe o que considera os pontos fracos de Jackson Jr., fala da experiência de lutar com o mexicano Marco Antonio Rubio que o venceu por nocaute técnico no 3º round ano passado, da mudança de categoria, de outros pugilistas latinos e como foi recebido no Brasil.


Em sua primeira luta você foi derrotado. Como aconteceu isto e o que aprendeu com o resultado?


Em minha primeira luta me deram uma derrota por quê fomos lutar em um bairro muito perigoso e se eu ganhasse não sairia do lugar, a única maneira era por nocaute o que era difícil, pois antes eu estava 6 kilos acima do meu peso e tive de tirar para a balança.

Depois ficou invicto por nove lutas. Como administrou esta fase?


Seguimos trabalhando meus treinadores Aniceto Caceres e Luis Ramallo, meu pai, e eu, para melhorar depois da estreia. Em duas destas nove lutas foi onde pude ganhar os títulos meio-pesado argentino da Comissão de Boxe e o título argentino do Conselho de Boxe.

Quem pega mais duro Marco Antonio Rubio ou Jackson Jr?


Em minha opinião o rival mais duro que tive foi Marco Antonio Rubio por sua qualidade de boxe e experiência de ringue, contra Rubio não houve diferença de peso, mas contra Jackson Jr sim, me passando em 3 kilos na balança e não tem a qualidade de um pugilista como Rubio. Óbvio que são dois boxeadores de características diferentes.

Pensa em uma nova luta contra Jackson Jr?

A verdade é que não penso em um novo combate contra Jackson, estou deixando os meio-pesados pelos supermédios. Mas gostaria muito de lutar com ele por que sei que na próxima lhe derroto e sempre quero lutar com os melhores para ver se posso ser um dos melhores.

Você veio sozinho para lutar contra Jackson Jr. O que pode falar disto?


Cheguei sozinho ao Brasil porque meu treinador foi operado da vesícula no dia da viagem, se estivesse no meu córner eu teria me saído melhor. Não quero dizer que os que me atenderam no Brasil tenham me feito mal, mas o fato de mal conhecê-los dificultou o trabalho para ambas partes.

No seu país os meio-pesados acima de você no Boxrec são Martin David Islas, Jose Alberto Clavero e Roberto Feliciano Bolonti. Pensa em lutar com eles?

Sinceramente não os conheço, mas gostaria de cruzar com eles porque estão estão acima de mim e quero lutar sempre com os melhores de nível mundial, pode me faltar muito para chegar lá, mas creio que posso dar bons espetáculos.

No Brasil os melhores de seu peso atual além de Jackson Jr. são Marcus Vinícius de Oliveira, o "Ratinho", e Alexsandro "Pit" Cardoso. O que sabe deles? Gostaria de lutar com eles?

Não os conheço, mas sobre Jackson posso dizer que é um lutador limitado e confia no seu golpe forte, porém quando falha se desespera e perde a cabeça. Os outros boxeadores não conheço e espero poder enfrentá-los algum dia já que são os melhores de um país tão grande como o Brasil.

Aproveito a oportunidade para agradecer a atenção que os brasileiros me deram e me senti em casa.