quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Pitu fala da nova academia e dos treinamentos para atletas de MMA

Da esquerda para direita: Sangue, Sarafian, Pitu, Shogun e Tuba / (foto: Arquivo Pessoal)

Na década passada Ivan de Oliveira, o "Pitu", ficou conhecido em todo globo por ser técnico do campeão mundial dos penas Valdemir "Sertão" Pereira. O reinado foi curto, mas a passagem lhe deu uma bagagem que poucos possuem no Brasil.

Recentemente abriu uma academia de lutas, a Omega, na zona leste da capital de São Paulo e tem trabalhado mais com atletas de MMA doq ue de boxe transmitindo seus conhecimentos na nobre arte. Na entrevista abaixo Pitu expõe suas visões sobre negócios, boxe, MMA e rumos nessas áreas.


"Na verdade não, nunca me vi como um administrador, sempre me enxerguei como treinador de boxe, mas as coisas tomaram esse rumo, e estou muito feliz com mais este desafio."

Como surgiu a idéia de montar uma academia voltada para lutas?

A idéia surgiu em uma conversa com meu irmão Gabriel de Oliveira, na verdade ele havia me convidado a entrar nessa "aventura" com ele, mas por motivos de força maior, ele acabou voltando para o D.F. e esse objetivo passou a ser só meu.

Quem são seus sócios no empreendimento? Como cada um colabora para o crescimento?

Meus sócios são  Cristiano e Fabiano Lima, dois irmãos apaixonados pela luta, nunca foram competidores, mas treinam jiu jitsu e muai thay, e já tiveram outras experiências no âmbito das lutas mistas apoiando atletas, além de serem donos de uma academia de fitness na zona leste de São Paulo.

O mercado de lutas tem exibido expansão no território brasileiro com a ascensão do MMA. O que espera obter neste panorama?

Primeiramente, espero fazer um trabalho bem profissional, essa é a minha maior ambição, sei que através do meu desempenho vou colher bons frutos. Sempre dei o meu máximo em todos os lugares onde trabalhei, ajudando a crescer os empreendimentos dos outros, nada mais inteligente do que fazer melhor ainda no nosso!

Desta forma sei que posso obter sucesso, respeito, dinheiro, admiração, fãs em todo o Brasil....enfim...

Anos atrás você se via como um futuro administrador?

Na verdade não, nunca me vi como um administrador, sempre me enxerguei como treinador de boxe, mas as coisas tomaram esse rumo, e estou muito feliz com mais este desafio.

"O MMA é, no Brasil, muito mais profissional do que o boxe." 

No passado foi campeão mundial sendo técnico do Valdemir Pereira "Sertão". Crê que repetirá o feito no boxe e/ou MMA?

Sim. mas hoje em dia acredito que posso alcançar este objetivo mais rapidamente no MMA do que no boxe. É muito difícil fazer boxe no Brasil, trabalhar com dirigentes que só pensam no próprio lucro, que expõem atletas talentosos pra ganhar moral com promotores gringos e tudo isso que a gente já sabe, no MMA é diferente. Está virando cultural, assim como acreditamos ter o melhor futebol do mundo, também acreditamos ter os melhores lutadores de MMA do mundo.....os brasileiros estão parando na frente da TV pra assistir uma luta de MMA como se fosse uma final de copa do mundo, e no dia seguinte, a galera comenta e até discute opiniões como fazemos há décadas falando de futebol... O MMA é, no Brasil, muito mais profissional do que o boxe.

Hoje Daniel Sarafian é bem cotado no UFC. O trabalho com ele lhe abriu portas? Ainda trabalham juntos?

Com certeza, trabalhar com o Daniel me abriu algumas portas, estamos trabalhando juntos há aproximadamente 1 ano e meio, e estamos obtendo um ótimo resultado nos treinos. Vamos agora dia 19 de janeiro fazer a estreia dele no UFC contra um adversário experimentado, mas o Dani está muito focado, está muito bem, e com certeza , depois dessa luta, a galera que curte MMA vai conhecer um pouco mais do meu trabalho, ou melhor, do nosso trabalho!